Christine, de Stephen King.
Um adolescente tímido. Um carro velho. Um espírito maligno. Aqui o chamado “mestre do suspense” mostra definitivamente a que veio ao mundo. Quando as pessoas viam a capa de Christine e me perguntavam sobre o quê era a história, elas simplesmente riam com o que eu lhes respondia: a história de um carro antigo (um Plymouth Fury 1958) que é possuído e começa a ter um estranho comportamento, principalmente o de matar pessoas que se põem entre “ela” e seu dono (um adolescente tímido chamado Arnie).
Mal sabem os precipitados o quanto estão enganados em relação ao livro. Só para se ter uma idéia, o livro conta com mais de 500 páginas, prendendo sua atenção de uma tal maneira que fui obrigado a lê-lo em menos de duas semanas. Detalhe: Christine só começa a apresentar sinais de vida depois da página 200, o que significa que não é só o sobrenatural que nos prende a atenção aqui.
A maior parte da história é narrada em primeira pessoa pelo melhor amigo de Arnie, Dennis Guilder. No meio do livro, a história passa a ser na 3ª pessoa e depois volta para o ponto de vista de Dennis, o que pra mim foi novidade em uma obra e não atrapalha em nada o entendimento da trama.
Stephen King mais uma vez acertou na fórmula e este livro tornou-se um de seus maiores clássicos, chegando a virar um filme (embora o mesmo não esteja à altura do livro, infelizmente). Uma leitura gostosa, fácil e emocionante que consegue atingir a todas as idades. Depois que se lê Christine, o leitor vai pensar duas vezes antes de entrar em um carro velho novamente.
O livro só peca em um ponto: uma hora ele termina!
Nota: 10/10
Autor da resenha: Ciro Martins