Zona Morta, de Stephen King.
Zona Morta, de Stephen King, conta a história de John Smith, um rapaz normal, que tinha namorada, emprego, era independente e feliz. Mas de repente tudo vira de cabeça para baixo quando um acidente de carro faz com que fique em coma por quatro anos. Quando acorda, descobre que sua namorada (agora ex) casou-se e que teria uma vida diferenciada por tudo o que perdeu nos últimos anos. Mas eis que, ao tocar um médico, descobre que tem um poder, o poder de ver o passado e o futuro das pessoas. Apesar de tentar fugir desse novo dom, em dado momento toca em um homem chamado Greg Stillson, e descobre que com o tempo ele se tornará presidente dos Estados Unidos e desencadeará uma terrível guerra. Sabendo disso, a vida de Johnny se transforma em uma verdadeira luta para evitar que Stillson chegue ao poder.
A premissa é bem interessante, com uma primeira metade altamente sufocante e intensa. King nos presenteia com uma trama amarrada, com ótimos personagens, bons diálogos e uma trama original. Mas nem tudo são flores. Quando pensamos que as coisas vão tomar um rumo interessante, o livro se perde e torna-se extremamente cansativo. São páginas e mais páginas extensas, descrevendo o cenário político dos Estados Unidos do passado e do presente que chega a irritar bastante em certos momentos. Por esse motivo, o ritmo que vinha bom até a metade, se quebra e o leitor mais impaciente pode até mesmo desanimar com o livro.
No final das contas, Zona Morta acaba sendo bem razoável. Não é definitivamente um dos melhores do autor. Sua trama interessante e seus personagens bem construídos são um ponto a favor. O contra, como já falei, são as páginas desnecessárias e cansativas. O livro tinha tudo para ser um ótimo thriller, mas infelizmente não foi dessa vez.
Nota: 6/10
Autor da resenha: Flávio Assunção Filho