Lágrimas do Dragão, de Dean Koontz.
“Tique-Taque. Você vai estar morto dentro de 16 horas. Morto ao amanhecer”. Estas são as palavras que Harry Lyon escuta de um mendigo em meio a rua e que desaparece em seguida. Poderia ser fruto de sua imaginação, mas tais acontecimentos se tornam frequentes, algumas vezes seguido de violência física, o que faz Harry tomar uma decisão: descobrir que forças eram aquelas que rondavam sobre ele. Para isso, conta com ajuda de Connie Gulliver, sua parceira de policia.
É assim que Dean Koontz constrói essa trama intrigante, repleta de tensão e sustos. Do começo ao fim, o autor mantém uma aura sombria que apenas instiga o leitor a continuar. Além disso, os personagens são complexos e muito bem construídos. Eles cativam, comovem, te fazem rir e te fazem ver a vida de diversas maneiras. Os diálogos, ricos em sua essência, são os pontos primordias para lhe dar essa sensação.
O mais interessante é o fato de haver três tipos de narrativas: em terceira pessoa, que conta o percurso de Harry e Connie; uma outra com a visão do vilão; E, por último, a visão de, acreditem, um cachorro. A narrativa que Koontz constrói em cima desse animal é brilhante. Não vou contar os detalhes para não estragar a surpresa que isso reserva.
Lágrimas do Dragão é um excelente livro, que deve agradar a todos os amantes do terror moderno por sua trama original e sombria. Vale a pena ler.
Nota: 9/10
Autor da resenha: Flávio Assunção Filho