Koko, de Peter Straub.

Após ler o excelente Os Mortos Vivos, de Straub, resolvi partir para mais um livro do autor. Como são poucas as opções em português, facilmente que cheguei a Koko,  que acompanha a vida de quatro veteranos do Vietnã: Michael Pool, Conor Linklater, Harry Beevers e Tina Pumo. Todos eles acreditam que um ex-combatente é responsável por uma série de assassinatos que vêm ocorrendo no sudeste asiático. Esse assassino coloca nas bocas das vítimas uma carta de baralho escrita com o nome Koko, que era bastante usado na guerra para denominar a morte de um inimigo. Assim, partem em busca de capturar o serial killer antes da polícia, para que, com isso, consigam fama e dinheiro.

 

O primeiro ponto a ser destacado é que Koko Não tem de longe uma trama tão bem amarrada e tensa como foi em Os Mortos Vivos. A leitura em alguns momentos segue maçante dadas as extensas descrições de cidades e coisas sem importância. Além disso, mais do que a trama em si, parece que o autor deseja mostrar ao leitor que a desestruturação psicológica por parte dos personagens é mais importante do que o desenvolvimento da história em si. São páginas e mais páginas que irritam.

 

Mas o livro tem qualidade Straub consegue, em alguns momentos, transportar o leitor para a guerra, sentindo através dos personagens como se fizesse parte dela. Mas somente isso não é suficiente para dar ao leitor aquilo que espera. No final das contas, Koko pode ser considerado uma enorme decepção.

 

Ao contrário de Os Mortos Vivos, Koko não mexe com elementos sobrenaturais. É mais um romance policial disfarçado, mais dramático e mais sangrento. No final das contas o leitor sentirá que é bem esquecível, na verdade. Leia apenas de for fã do autor. Do contrário, existem outros mais interessantes.

Nota: 4/10

Autor da resenha: Flávio Assunção Filho

Tópico: "Koko", de Peter Straub.

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